12.05 - Jo 14, 27-31a - Deixo-vos a minha paz

12-05-2009 10:13

Chegou à hora do Príncipe da Paz partir para o seio do Seu Pai. E não querendo deixar seus melhor amigos em conflito, em guerra rompe o silencia provocado pelo medo da solidão que seria provada pela sua ausência. Então se levanta e pronuncia as benditas palavras: Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo.

Trata-se aqui do discurso da despedida. O mestre sabia que tinha chegado a hora de sair deste mundo. E por isso, não queria partir sem dar sossego, calma, segurança, tranqüilidade, amparo, conforto, prosperidade, vitória em fim garantia de vida plena.

O mestre faz uma clara declaração da sua personalidade. Ele é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto! Ele é O Príncipe da Paz.

A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa à ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.

Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.

A paz do mundo é bem outra coisa. A paz do mundo é falsa e enganosa, coexistindo com a perturbação e o medo. A paz do mundo é a ausência de discordâncias, questionamentos ou conflitos, vigorando a submissão geral à ordem imposta pelo poder.

Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. Neste sentido ela é uma paz que conduz à morte!

O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece. Pois eles sabem que só a paz de Jesus desfaz a paz que o mundo e os seus homens podem oferecer.

A paz de Jesus é a paz que é fruto da prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o Pai.

Jesus Príncipe da Paz dá-me a constância na fé e na esperança para que jamais duvide das vossas promessas.

Deixo-vos a minha Paz. Sim Senhor Jesus eu dá-me a graça e a força para que no meu dia a dia eu a começar por hoje e agora eu tome posse da vossa Paz. Paz que me tranqüiliza a alma e me faça em tudo mais do que vencedor porque Tu estás comigo e em mim.

Fonte: Canção Nova

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Jesus dá a verdadeira paz

Nestes últimos momentos de despedida, Jesus comunica sua paz aos discípulos. A paz do mundo é falsa e enganosa, coexistindo com a perturbação e o medo. É a paz de Jesus que os remove. A paz do mundo é a ausência de discordâncias, questionamentos ou conflitos, vigorando a submissão geral à ordem imposta pelo poder. Era esta também a paz na concepção do messianismo davídico da tradição de Israel. Era assim no Império Romano e assim é
hoje no império de mercado globalizado sob a hegemonia estadunidense. Para os pequenos e oprimidos, esta paz torna-se acomodação ao sistema opressor diante da insegurança e do medo. A paz de Jesus é decorrente da prática
da justiça. É a paz que ele proporcionou aos discípulos e às multidões com sua prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade de homens e mulheres. É a paz alcançada ao se abrir mão da vida oferecida
pelos ideais de sucesso deste mundo. É a paz de reencontrar a vida na união de vontade com o Pai amoroso. É o empenho, em mutirão, na construção de um mundo novo unido pelo amor que gera a vida eterna.

Fonte: Paulinas online

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